“Não sei se escrevo crônicas, contos, poesias, piadas, verdades ou mentiras... Seja o que for, escreverei de forma breve como a vida....... Histórias breves de personagens breves que, em maior ou menor grau, são fragmentos do que sou e procuro eternizar.”

terça-feira, 25 de novembro de 2014

Falsa Liberdade

“A ditadura perfeita terá a aparência da democracia, uma prisão sem muros na qual os prisioneiros não sonharão com a fuga. Um sistema de escravatura onde, graças ao consumo e ao divertimento, os escravos terão amor a sua escravidão.”
Aldous Huxley (1894-1963)

Não posso entender qual era a liberdade da época que levou este sr. a escrever isto, mas trazendo para nossos dias, para esta geração que busca liberdade, direitos iguais e mudanças no comportamento tradicionalista, posso entender perfeitamente o que ele quis dizer.

Nenhumas destas buscas são sem sentido, aliás, existe um sentido muito positivo em todas elas, mas desde que estes direitos não interfiram em outros direitos já adquiridos.
Queremos pensar e ser diferentes da maioria da sociedade, mas ultimamente só ser diferente não basta, exigimos sua aceitação, que engulam nossas vontade sem posicionar-se. Queremos deixar as grades do preconceito deixando preso quem hoje é livre.

É totalmente válida a nossa busca por esta liberdade, combatendo preconceitos nas formas de aceitar o que é “diferente”, mas não precisamos que mudem suas opiniões, o que precisamos é que pratiquem o respeito para com quem pensa e age de forma contrária.

Em resumo, somos todos livres para fazer nossas escolhas e livres, também, para entender entre o certo e o errado para nossa vida. Não podemos exigir que aceitem nossas escolhas, mas merecemos ser respeitados por elas.

O livro mais antigo já registrado traz um trecho que resume isto: "Tudo me é permitido, mas nem tudo convém. Tudo me é permitido, mas eu não deixarei que nada me domine."

Acho que não preciso mencionar que livro é este, para os que acreditam e os que não acreditam convenhamos, é bem isto mesmo. Temos total liberdade de fazer de nossas vidas o que bem entendemos, mas para cada ação existem  consequência, é a lei da física, as quais somos responsáveis por elas. Podemos ser o que quisermos, mas jamais deixar que nossas escolhas dominem quem somos de fato.

Devemos nos respeitar e principalmente respeitar as escolhas das pessoas, conviver com pensamentos diferentes com respeito por cada ser humano. 


Não vamos combater esta ditadura invisível com a falsa liberdade. 


segunda-feira, 17 de novembro de 2014

Poder do Ciúmes

Fala-se muito do ciúmes e sente-se mais ainda a força devastadora deste sentimento que a tantos atormenta.

Algumas pessoas tentaram explicar com palavras o que vem a ser o ciúmes e suas causas, como o sr.  J.B. Massillon que dizia:

 “Um acesso de ciúmes pode levar um homem a cometer ações tão indigno que, uma vez passada a vertigem da suspeita, ele se encontre grandemente envergonhado.”

Geralmente é assim, o ciúmes nem sempre  se baseia em fundamentos, mas na imaginação ou no poder de enxergar com lente de aumento detalhes insignificantes.

Para Ramón C. Campoosorio o sofrimento de um ciumento se descreve assim:
“Tanto sofre o ciumento que sente alegria quando morre antes do que o ser amando objeto do seu ciúme.”

Parece bem trágico isto mas ouvimos relatos, vemos e vezes próximo de nós ou até mesmo sentimos esta dor que o sentimento do ciúmes provoca.

Algumas pessoas defendem este sentimento dizendo que o ciúmes é sinal de amor, mas há quem não concorde com esta afirmação, como era o caso de Miguel de Cervantes ao afirmar:
“Se o ciúmes é sinal de amor, como querem alguns, é o mesmo que a febre no enfermo. Ela é sinal de que ele vive, porém uma vida enfermiça, maldisposta”.

Outros  defendem e até acham que faz parte do amor, como Paulo Nei:
“O ciúmes tem seu cabimento: é a pimenta do amor.”

Talvez precisamos ter um pensamento mais moderado, existem sentimentos que seu controle requer muita disciplina, é tão difícil controla-lo mas o ideal nesta horas é pensar como Sthendal:
“Para que um bom relacionamento continue e seja agradável, é preciso não apenas suspeitar prudentemente como ocultar discretamente a suspeita.”

Parece tão complicado conseguir chegar a isto mas talvez seja questão de jamais tomar decisões quando este sentimento estiver mais aflorado.

Ninguém definiu o ciúmes tão bem como Paolo Mantefazza, ele dizia: “O ciúmes sempre espiona, sempre duvida, sempre sofre; indaga do passado, do presente, do futuro; nas carícias busca a mentira; no beijo procura a indiferença; no amor teme a hipocrisia.”

Talvez ele esteja certo, mas este sentimento jamais poderá ser maior que o amor, que a liberdade e que o poder de escolha que cada um de nós possuímos. Quem ama respeita e aceita a mais dura realidade, as mais duras respostas, porque quem ama deixa voar a pessoa amada quando ao nosso lado ela não se sente mais livre.

Algumas pessoas costumam dizer para quem ama: “Estou te dando o meu amor”. ..Não..
O que damos quando amamos verdadeiramente é a consequência deste amor, mas o amor mesmo é algo que sentimos para nós, que satisfaz o nosso intimo. 

Para pessoa amada damos aquilo que o amor nos faz ser; se nos faz serem pessoas boas, damos bondade, afeto e carinho, mas se este amor nos maltrata...... Convém deixa-la (o) partir para que seja feliz.

Frases de: J.B. Massillon, Ramón C. Campoosorio, Miguel de Cervantes, Paulo Nei, Sthendal e Paolo Mantefazza.

                                                                                                                           
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segunda-feira, 10 de novembro de 2014

A Distância nos Revela

Nós sabemos que não esta sendo fácil, mas vale a pena passar por tudo que estamos enfrentando. Estar ali, lado a lado, sempre sorrindo, gargalhando, olhares, toques e nos enchendo de esperança.

Passamos da distância para a mais pura e singela união, nossos corpos vão se tocar e acreditar que tudo foi real até as mais loucas situações.

Vamos viver do humor incondicional, do amor sem medida e do medo que faz parte para nos manter sempre serenos e preocupados em agradar um ao outro.
Teremos um carinho único sem igual, proteção, simbiose, pensamento, comportamento, luta, vontade, sonhos e quereres.
Quem ama sente medo, porque o medo é o tempero, é o que nos faz prestar atenção além do o ciúmes.
Um medo gostoso de sentir, muito longe do pavor, aquele sentimento que arrepia ao pensar, que se preocupa e que nos faz cuidar das nossas vidas um para o outro enquanto estamos distantes.

A insegurança faz parte, a ansiedade é real, mas como dizem os grandes mestres da cozinha: "Não existe um bom produto final sem ingredientes que se misturam para dar o sabor dos sonhos."

Com todos estes sentimentos latentes que juntos podemos dizer que completam o sentido do amor e nos dá o sabor que só os que exercitam a paciência  conseguem esperar e apreciar. Por tudo isto me pergunto: Como poderia ser outra pessoa senão tu?




sexta-feira, 7 de novembro de 2014

Duas Vidas

Esta história é uma previa de um livro, na verdade será mais que isto, vamos relatar a vida de duas pessoas que viveram e ainda vivem momentos inesquecíveis um com o outro, aventuras, desejos e cumplicidade.

"A vida pode ser contada de diversas formas, através de simples figuras em quadrinhos, escrita, colocando no papel todo sentimento de cada emoção vivida ou simplesmente através de um olhar profundo e significante que apenas pessoas sensíveis conseguem entender e compartilhar alegrias e sofrimentos transmitidos.

Decidi então escolher a escrita, dizer em palavras o que talvez os olhos ou os quadrinhos não conseguiriam retratar.

Conheci a Juliana de forma inusitada, algumas pessoas dizem que não existem formas certas de se conhecer alguém, mas em nossos sonhos e desejos sempre imaginamos milhares de maneiras que gostaríamos que a nossa vida fosse preenchida por alguém especial que nos tirasse o chão.

            A principio, como todo coração ferido, o instinto nos diz que devemos ter cautela, investigar as intenções e proteger aquilo que já nos foi tão maltratado antes, o coração.
            Venho de dois relacionamentos aos quais não tenho boas recordações e que a vida poderia se encarregar de apaga-las, talvez é o que esteja tentando quando colocou em meu caminho esta pessoa que hoje dedico e recebo tanta atenção.

            Juliana é uma pessoa pura que viveu pedaços complicados de uma vida que não merecia, embora na euforia de sua juventude onde talvez não conhecesse os perigos e os atalhos que naturalmente vão se colocando em nossos caminhos, iniciou-se entre lobos como um cordeiro indefeso.
            Para sobreviver, sujeitou-se aos desejos de pessoas que não conseguiram entender a pureza do olhar, a simplicidade e toda beleza verdadeira e necessária que aquele "cordeiro" poderia oferecer.
            São pedaços marcantes que deixam os detalhes desnecessários de se comentar, mas para todo obstáculo que os atalhos nos oferecem, também nos colocam situações a nos ensinar que a vida pode ser colorida, mas as cores precisas ser misturadas para isto.
            Meu momento não era diferente, também vinha de atalhos e lições que aprendemos e que talvez, se faz o contrário do que deveria, por isto, como em uma partida de futebol, coloquei minha equipe quase toda na retaguarda, deixando apenas um atacante, que isolado nada poderia fazer.
            Usei esta atacante para servir de investigador, conhecer a defesa onde gostaria de ultrapassar e planejar as jogadas minunciosamente.
            Como todo time de futebol, a equipe precisa estar ajustada, assim como neste encontro, Juliana não foi a única pessoa que conheci melhor neste atalho que a vida me proporcionou, mas destacou-se como principal em uma equipe de craques, de jogadores comprometidos e dispostos a jogar com entrosamento.
            Juliana destacava-se mesmo sem querer ou perceber, a humildade e a falta de orgulho próprio fazia com que ela se escondesse dentro de sí, como se isto fosse possível, pois sua natureza e o seu brilho sempre indicavam onde ela estava.
            Assim foi me conquistando aos poucos e a cada dia com mais intensidade. Assim como Juliana, também não conseguia enxergar-me com um novo sentimento que outrora me fez tanto mal, onde o sofrimento seria certamente o resultado....."

Esta história não acaba aqui, futuramente vou postar sua continuidade, pode servir de inspiração para muitas pessoas que pensam em coisas aparentemente impossíveis.






quarta-feira, 5 de novembro de 2014

Para Sempre


"Não sinto nada mais ou menos, ou eu gosto ou não gosto. Não sei sentir em doses homeopáticas. Preciso e gosto de intensidade, mesmo que ela seja ilusória e se não for assim, prefiro que não seja.

Não me agrada viver histórias medíocres, paixões não correspondidas e pessoas água com açúcar. Não sei brincar e ser café com leite. Só quero na minha vida gente que transpire adrenalina de alguma forma, que tenha coragem suficiente pra me dizer o que sente antes, durante e depois ou que invente boas estórias caso não possa vivê-las. Porque eu acho sempre muitas coisas - porque tenho uma mente fértil e delirante - e porque posso achar errado - e ter que me desculpar - e detesto pedir desculpas embora o faça sem dificuldade se me provarem que eu estraguei tudo achando o que não devia.

Quero grandes histórias e estórias; quero o amor e o ódio; quero o mais, o demais ou o nada. Não me importa o que é de verdade ou o que é mentira, mas tem que me convencer, extrair o máximo do meu prazer e me fazer crer que é para sempre quando eu digo convicto que "nada é para sempre."
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