“Não sei se escrevo crônicas, contos, poesias, piadas, verdades ou mentiras... Seja o que for, escreverei de forma breve como a vida....... Histórias breves de personagens breves que, em maior ou menor grau, são fragmentos do que sou e procuro eternizar.”

segunda-feira, 19 de outubro de 2015

Ouvindo a Sua Voz

A conversa mais dolorosa pode ser aquela onde somos confrontados por nós mesmos.
Para alguns o espelho reflete muito além de um reflexo, mas não para todos, apenas para aqueles que conseguem ter a sensibilidade de enxergar muito além de um olhar.
Conseguimos ver nas pessoas muitas expressões que nos dizem mais do que palavras, mas quando nos olhamos neste espelho, muitas vezes não gostamos daquilo com o que nos deparamos e percebemos.

Pode parecer um texto depressivo, talvez seja, mas vejo além, entendo como uma constatação, um reconhecimento de um estado de espírito momentâneo ou talvez definitivo.
Aprendi que na vida para derrotar um inimigo precisamos conhecê-lo muito bem antes, entender seus pontos forte e os fracos, mas e quando este inimigo mora dentro de nós?

Muitos associam o bem estar pessoal ao poder financeiro ou profissional, mas é um erro pensar assim, são situações e condições que pouco ou nada interferem umas nas outras.

Uma pessoa pode ser feliz profissionalmente, mas ter dificuldades financeiras e uma vida pessoal problemática; assim como ter um poder aquisitivo definido, mas uma profissão indesejada e uma vida desfavorável. Para muitos pode ser contraditório, mas garanto que é uma realidade comum.

Conheço alguém com uma vida profissional e financeira boa, estável e definida, mas com uma vida pessoal desastrosa, é esta condição que faz alguém se desestruturar, abalando os alicerces e causando muita tristeza na alma.
Muitos não aceitam este fato quando não são eles a conviver com isto, possuir dinheiro e uma boa qualificação e mesmo assim ser alguém triste, logo classificam como frescura, falta do que fazer e dizem logo: “este não sabe o que é realmente ter problemas”. Como se os deles fossem mais importante ou que existisse uma classificação global mostrando o grau de dificuldades da vida.

Esta tristeza é revelada a cada um de nós por aquele espelho que mencionei, além de ser percebida por pessoas ao seu redor que se preocupam verdadeiramente contigo.

“Nada disto!
Certamente o maior dos problemas é falta de saúde, viver doente”

Não sei...
Tudo depende da sua aceitação, de entender as coisas como elas se apresentam. Existem pessoas felizes vivendo em estado terminal, conformadas com uma situação que para outros seria de desespero até o final, mas que para elas ainda existe tempo e oportunidade de viverem o que lhes restam de forma agradável e sem lamentações.

Afinal, quais são os nossos valores?

Quando conseguirmos percebe-los, talvez possamos entender e separar aquilo que pode ser mudado do que é definitivo. Conviver conformados com algo que a vida nos impõe a qual esforço algum poderia mudar a situação. 

Neste momento pode ter alguém discordando, com a opinião que devemos lutar até o final, respeito, mas como diziam os mais antigos, tem situações que insistir é como "dar murros em ponta de faca".

Ficou um texto confuso, sei disto, muitos entenderão por viverem algo semelhante e outros não chegarão no final dele. Para aqueles que chegarem, a verdade é que, aquilo que carregamos dentro de nós é uma vida onde cada capítulo dela só pode ser compreendida por quem vive e sente na pele, seja qual for a situação a qual estamos enfrentando. 

Seja qual for sua opinião sobre isto, não julguem, não condenem, apenas entendam o que cada um está vivendo e se não forem capazes disto, então respeitem. Muito ajuda quem não atrapalha.





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