“Não sei se escrevo crônicas, contos, poesias, piadas, verdades ou mentiras... Seja o que for, escreverei de forma breve como a vida....... Histórias breves de personagens breves que, em maior ou menor grau, são fragmentos do que sou e procuro eternizar.”

segunda-feira, 11 de maio de 2015

Minha Última Chance

"Tenho tentado aprender a dizer não, a ignorar, a me calar, a não me importar, a me distanciar. Tenho me cuidado mais, me priorizado mais, me protegido mais.
Tenho ficado mais a sós comigo, e guardado meu coração de certas coisas e pessoas que já foram importantíssimas e valiosíssimas para mim! E que hoje não deixaram de ser importantes, mas pelo tanto que não se importaram comigo, e pelo tanto que isso me fez doer, eu decidi não mais sofrer."  Alma Índia  #‎almaindia

Os portugueses sempre curtiram músicas brasileiras, canções antigas que ainda fazem parte do dia a dia de muitos e uma destas canções sempre me vem a mente quando leio algo que se encaixa no que vivi e, as vezes, no que ainda vivo. 

"Certas canções que ouço cabem tão dentro de mim que perguntar carece, como não foi eu quem fiz?" (Tunai / Milton Nascimento, música de 1982).

É exatamente assim que me sinto agora, mesmo que esta leitura inicial não se trate de uma canção. 

Nunca soube dizer não, mas sempre soube me importo, pouquíssimas pessoas descobriram esta minha fraqueza que confesso estar no coração. Não sei ignorar, deixar de prestar atenção nas pessoas, observar e tentar ajudar em suas necessidades, é mais forte do que eu.
O que sei fazer é me calar e viver na indiferença, mas continuo sim a me importar, mesmo ferido e com o coração sangrando. A muito tempo não sei o que é me cuidar, transfiro isto tentando cuidar de outras pessoas, que a meu ver, precisam mais deste tempo que gastaria comigo.

Não sei me proteger disto, aconteceu uma vez, duas e talvez caminhe para a terceira, estou em rota de colisão e sem freios, totalmente desprotegido sem nenhum equipamento de proteção.
O que mais me acontece hoje é ficar só, converso comigo, pergunto, respondo e as vezes fico em silencio mental, como se tudo dentro de minha pessoa estivesse desligado.
Meu ponto fraco, como comentei, é meu coração, mas é impossível livra-lo de certas coisas, porque o "inimigo" é invisível, é um sentimento que entra não sei por onde e muito menos como.

Todos que entram em minha vida tem sua importância, o valor é incalculável e talvez por isto quando fazem estragos sejam tão grandes. É fato que mesmo com estes estragos todos, ainda não perderam sua importância e nunca vão perder, porque serviram de aprendizado. 
Posso parecer narcisista, mas a verdade é que em estradas retas e sem obstáculos a vida não te ensina nada, são os "buracos" e as "curvas" que te fazem entender suas fraquezas, capacidade, reflexos, paciência, tolerância e principalmente entender os seus limites.

Amor, "calor que invade, arde, queima, encoraja...", é assim que os autores descreveram este sentimento na canção, mas o que posso dizer é que isto pode acontecer uma vez, duas, mas na terceira este sentimento só invade, arde e queima até te matar.

Dei ao meu coração esta terceira chance como um ultimato, acredito que esta palavra já expressa o sentimento que se não for desta vez.... 

 
Comentários
0 Comentários

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Todos os textos são registrados na Biblioteca Nacional e protegido pela lei de nª: 009610 de 19/02/1998. Sua reprodução só poderá ser feita mediante autorização.