“Não sei se escrevo crônicas, contos, poesias, piadas, verdades ou mentiras... Seja o que for, escreverei de forma breve como a vida....... Histórias breves de personagens breves que, em maior ou menor grau, são fragmentos do que sou e procuro eternizar.”

quinta-feira, 26 de novembro de 2015

Conteúdo sem Idade

Vivemos em um mundo onde temos a liberdade de dizer o que pensamos, fatalmente sempre haverá pessoas ofendidas com o que você diz, mas muito disto é porque temos dificuldade em respeitar opiniões. Algumas pessoas se ofendem com facilidade porque tudo parece ser pessoal.

O que me entristece nas redes sociais é a baixa qualidade da “cultura” a qual estamos espalhando.

Este texto não tem a intenção de generalizar afirmando que tudo que se apresenta de novo hoje passa por isto, mas se alcançar visibilidade será que tudo precisa ser aceito?

Para se a entrar na luta das visualizações é preciso preencher alguns requisitos e muitos deles passam longe de uma criação cultural.

“Precisamos ter criatividade”, é o que afirmam,  mas o que classificamos hoje como algo criativo?
Grande parte do que vejo hoje não acrescentam em nada ao conhecimento ou em sua formação. Quando aparecem opiniões formadas são mal embasadas, fora de contexto e cheias de contradições, mas uma coisa chamada “modismo” se encarrega de transformar qualquer absurdo em verdade.

As noticias não são aprofundadas, as pessoa não tentam entende-las e logo tiram suas conclusões em cima do que elas querem e não sobre os fatos reais.

“O que é certo não importa, o importante é o que eu quero.”

Outro pondo é o que deixamos de praticar a muito tempo o “ouvir”, ninguém mais quer escutar e entender opiniões diversas, suas verdades são sempre absolutas, não há espaço para os que possam pensar diferentes, os debates são mais imposições do que exposição de idéias.

A juventude possui hoje uma força incrível e uma arma poderosa, a informação através das redes sociais, mas a grande maioria só buscam em fontes da sua geração, a cada dia que passa e a cada vez mais jovens já se sentem donos de si e de tudo que está a sua volta.

Todos temos muito a ensinar, a questão nunca foi a idade, mas o interesse de cada um em aprender antes, suas conquistas e em seu desenvolvimento.

Um grande exemplo está na música, muitos que se intitulam “músicos” hoje com suas rimas pobres de “lé com cré”, vendem milhões de CDs, lotam estádios e casas de shows, tudo em nome da curtição, a qual não desmereço e entendo ser importante, mas critico aqueles que vivem como se apenas isto fosse importante.

Cansei de escrever textos elaborados, não sou dado ao modismo e me recuso a enquadrar-me, mas esta minha posição tem consequências, como solução não me resta alternativas, a não ser escrever e guardar em meu blog e arquivos pessoais.

Sinceramente, hoje admiro as pessoas que fazem algo que realmente sentem prazer pessoal e não apenas para se enquadrar ao meio em que vivem, seja em sua vida pessoal ou virtual, mesmo que seja algo “bobo”, mas que seja realmente seu.

Recentemente vi uma entrevista com uma atriz onde perguntaram a ela sobre tatuagens, ela não possui nenhuma, mas para interpretar seu personagem teve que fazer uma falsa e isso já causava incomodo a ela.
Pensei... Como ela é corajosa em dizer isto no meio de atores de hoje tatuados dos pés a cabeça. Nada tenho contra tatuagens, até porque tenho duas, me refiro a personalidade em não aceitar fazer algo apenas para viver em um ambiente, em uma sociedade.

Muitos jovens hoje possuem personalidades fortes, mas alguns muito mal direcionados ou desgovernados, a grande questão e o principal problema são os pensamentos que alguns insistem em viver, como se fossem donos absolutos da verdade, como se tivessem nascidos para ensinar sem nunca ter aprendido. Triste realidade.

Vejo tutoriais e canais de vídeos na internet que beiram ao ridículo, jovem que desde cedo já tem o poder de manipular as pessoas. O numero de  visualizações é absurdo, é isto que faz sucesso hoje em dia, resta saber até quando.
Sem cometer o erro da generalização, existem canais de vídeos muito bons feito por jovens com um talento natural, com informações e diversões, realmente não é a idade que implica na capacidade ou entendimento, mas a capacidade e humildade em entender que sempre estamos aprendendo.

Infelizmente muitos jovens são manipulados entre eles mesmos por opiniões e modismos que se utilizam apenas para se manter “visível”.

Olhando por um outro angulo talvez esteja equivocado, afinal o mundo evolui e devemos evoluir com ele. Ainda estou na faixa entre vinte e trinta anos, nasci praticamente dentro da era da informática, ainda assim me recuso a aceitar como essencial a futilidade.

Tento passar o que tenho e entendo como bom para as pessoas e busco aprender com elas, afinal todos temos a ensinar e a aprender. Chega a um ponto onde se percebe que o melhor é se resguardar, deixar guardado apenas para si, talvez assim nunca esqueçamos quem somos e não nos deixaremos contaminar com nada.







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