“Não sei se escrevo crônicas, contos, poesias, piadas, verdades ou mentiras... Seja o que for, escreverei de forma breve como a vida....... Histórias breves de personagens breves que, em maior ou menor grau, são fragmentos do que sou e procuro eternizar.”

quinta-feira, 16 de julho de 2015

Estradas que a Vida Oferece

Nunca escrevi para um blog e isto deixa-me uma responsabilidade grande, ainda mais por ser uma admiradora desta página a qual estou sempre a ler.

Todos os assuntos aqui abordados parecem que possuem uma capacidade estranha de falar com minha pessoa, por vezes sinto-me dona do texto como se tivesses saído de dento dele.
Por este motivo, mesmo não sendo uma pessoa esclarecia para tanto, desejei iniciar agradecendo a oportunidade de manifestar-me, talvez como um comentário e não comparando-me ou chegando ao nível tal.

Tive tudo que poderias ser suficiente para uma vida honesta, embora com dificuldades o amor de minha mãe saudava-me em todos os momentos por mais contrárias que fossem minhas fortes opiniões.
Alguns me classificariam como “cabeça dura”, outros como “teimosa”, mas para aquela a quem nada disto importavas, falavas sempre aos "quatro ventos" que sua filha era uma pessoa de “opinião”.

Opinião foi sempre o que tive de mais forte em minha vida até aqui, uma marca que abriu-me caminhos, e se estou com minhas conquistas em dia, em vias de conquistar a maior delas, devo isto a este caráter formado ao qual não o classifico como o melhor, mas que funcionou bem até agora.

Sai de terras longínquas para outras desconhecidas, trazendo com minha pessoa costumes aos quais foram forjados na infância, embora distante e rodeadas de pessoas acostumadas em não aceitar o diferente, consegui-me manter sem abandonar minhas raízes.
Consigo me alegrar com o que me parece simples para as pessoas, enxergo detalhes dos quais passam desapercebidos e quando me pego a sorrir sozinha de coisas que as pessoas não sonham ver, a loucura é a palavra mais apropriada para elas me definirem. Para minha pessoa isto nada mais é do que vida e oportunidades para mudar um momento ou uma situação.

Voei tão alto e quando aqui cheguei percebi que ainda falta subir, o topo não existe e a humildade de reconhecer isto é tudo. Para muitos o perigo da queda é constante, mas para minha pessoa vivo na gravidade que, mesmo nos descuidos ou nos deslizes que certamente cometo, são falhas que ainda assim me fazem subir, nada é perdido, pois aprendo com eles. Talvez estejas a se perguntar qual o segredo para isto?

Não sei dizer ao certo, o que sei e posso contar, é que para cada situação ruim que passei em minha curta vida, uma oportunidade surgia do meu muito pensar. Assim fui-me exercitando e calejando ao ponto de suportar o que é inevitável. Nada me caiu do céu. 

O medo não faz parte de minha pessoa, não está em meu código genético, mas o uso como proteção porque é ele quem nos mantém vivos, nos faz respeitar e enxergando outros caminhos.
Tive perdas que me fazem sentir até hoje, conquistas que me ajudam e me acompanham, pois, a vida resume-se nestas duas situações e como encara-las definem o sucesso ou confirmam o fracasso. 

Não se entregue a um momento de dificuldade, mesmo que dure. Procure entender que as estradas que a vida nos impõem não são apenas retas, planas ou com sinalizações adequadas, mesmo sendo sinuosas, são cheias de oportunidades e, às vezes, baixar a cabeça pode parecer se humilhar, mas por vezes é a única forma de evitar uma queda fatal.

Depois que escolhi a ilustração acima para este texto, me veio em mente dizer que, as vezes olhamos para os lados e enxergamos tantas confusões que nos perdemos, quando deveríamos apenas seguir em frente. Pensem nisto.





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Mário Vargas LIosa
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