O tempo ajeita a saudade
Até explodir a dor
O amor que o tempo apaga
É falsário, é desamor
Vem o tempo e varre a vida
E tudo se vai também
Quem sabe o cansaço carrega
Todo amor que a gente tem
Este tempo que varre a vida
Ao tocar nossas feridas
Faz lembrar o desamor
Vem a vida e grita aos prantos
Que apesar de tanto encanto
Só saudade é que restou
Só saudade o tempo ajeita
Marcas quase já desfeitas
Do muito o quanto se amou
Da chance que foi vivida
Da vida talvez perdida
Do tempo que o tempo roubou
Vem o tempo e varre a alma
Quem sabe um pouco mais calma
Conformada em padecer
Vem a morte e varre a gente
Deixando a saudade latente
A quem não nos queira esquecer.
Ajude-nos a divulgar os nossos textos utilizando os "quadradinhos" abaixo para compartilhar. "Um público comprometido com a leitura é crítico, rebelde, inquieto, pouco manipulável e não crê em lemas que alguns fazem passar por ideias."
Mário Vargas LIosa
Acesse nossos textos anteriores clicando AQUI.