Ultimamente
estou vivendo mais como um observador do que propriamente criando meus conceitos e histórias.
Sempre
encontro um questionamento interessantes entres meus amigos e contatos das
redes sociais, rapidamente procuro fazer uma analogia. Logo vão
acabar me excluindo ou bloqueando por causa disto, mas enquanto não o
fazem, queria refletir sobre um assunto muito interessante e pouco comentando,
principalmente entre nós jovens. O sentido de se viver, ou o sentido da vida,
como queiram.
“Um dia
fiz-me uma pergunta.
Qual o
sentido da vida? Digo o verdadeiro. Complicado, eu sei. E suponho que tu também
te tenhas perguntado o mesmo.
Então eu
comecei a observar as coisas ao meu redor. A natureza, os animais e
principalmente as pessoas. Cada uma andando por aí. Indo para o trabalho, para
a escola, falando ao telemóvel, ouvindo música, ou em momentos de lazer,
brincando com o cão, fazendo algum exercício, inventando coisas, namorando. E
pensei. O que move estas pessoas? Por que fazem todas estas coisas? .....”
O que de fato me maravilha é isto, a liberdade que cada um de nós possuímos em pensar e chegarmos em nossas conclusões. Esta liberdade é o livre arbítrio que nos permite escolher
entre caminhos.
Algumas
pessoas vivem por suas crenças, outras não, escolheram o ateísmo, agnosticismo
ou adeísmo. Aliás, sabem a diferença entre eles?
Enquanto os
ateus negam a existência de Deus, os agnósticos alegam que não se pode provar
sua existência. Em outras palavras, enquanto os ateus negam, para os agnósticos
tanto faz. Ambos não seguem princípio cristão.
Além deles
temos também os deístas, eles acreditam em um ser superior (um Deus) e defendem
que a existência de Deus pode ser compreendida por intermédio da razão, contudo
os deístas, geralmente, não seguem nenhuma religião denominacional.
Os cristãos
acreditam em Deus, em Jesus como seu filho que veio a terra para salvar as
pessoas morrendo por nossos pecados através da cruz. Para os cristão é a fé que
nos move, as injustiças sociais e os sofrimentos que passamos não são nada em
comparação ao que acreditam que os esperam em uma nova vida depois da morte
carnal.
Sem dúvida
para cada uma destas linhas de pensamentos o sentido da vida é
diferente. A bondade, tolerância, caridade e honestidade, entres outras
coisas parecem ser pontos de concordância entre quaisquer pensamentos, neste caso o
respeito entres eles são fundamentais para uma convivência saudável.
Minha linha
de pensamento é mais voltada para o cristianismo, embora dentro destes
princípios sei que ando em falhas e contrário a algumas de suas leis
determinantes, mas uma das coisas que me dá a liberdade de escrever, é a certeza que NÃO temos o poder de julgar as pessoas, por isto meus escritos são imparciais.
Se na parte espiritual nossa existência trás consigo um sentido de vida determinado pela fé, na parte material são muitos outros fatores que nos motivam e que fazem a vida ter outros sentidos.
O bom é
justamente o mistério, mas cada linha de pensamentos trás seus momentos, não conhecermos o que virá e estamos em igualdade. É
fantástico ter a liberdade de soltar a imaginação e projetar um futuro, ir
atrás dos nossos objetivos e nos alegrar quando conseguimos concluir uma parte
deles.
Entre o nascer
e o morrer logicamente existe uma vida, o que nos define é o que fazemos dela.
Para alguns a morte é o fim, para outros é apenas o começo.
Talvez
possam estar pensando, “...bom,
então tudo depende de nós, do que acreditamos? ”
Sim,
depende de nós tudo aquilo que ainda virá, por mais que nos escondamos de
escolhas complicadas, nossa vida sempre dependerá delas e para cada escolha que fazemos, somos responsáveis por suas consequências.
Talvez a pergunta certa a ser feita não é "qual o sentido da vida", mas "onde se baseia o sentido da sua vida"
Podemos tentar, mas jamais vamos fugir desta associação, a fé que praticamos ou apenas em que acreditamos:
- Um ateu não acredita em Deus, são mais materialistas, não acreditam na alma humana ou em outro tipo de coisa que não seja material. (neste caso a base da vida está em cada um).
- Um agnóstico entende que não há como provar sua existência. Eles se eximem das questões religiosas e preferem ficar neutros. (neste caso, a base da vida também se baseia em suas ações, ou seja, em cada um).
- Um deísta, embora acredite em um ser superior, entende que a responsabilidade está em nossos atos e que a felicidade é aqui nesta vida. (neste caso, mesmo tendo um ser superior, são as suas atitudes, seus defeitos e virtudes que dará o direcionamento, também se baseia em cada um).
- Um cristão entende que tudo que passamos não é nada comparado ao que virá, que tudo depende de nossa fé e ações voltadas para Deus no aqui e no agora, mas que a felicidade plena está na eternidade junto ao Pai. (aqui as coisas são voltadas por sua aceitação, poderíamos dizer que também tem como base a cada um, com uma diferença apenas, a salvação pregada aqui não é por merecimento, mas pela graça alcançada, então depende mais de Deus do que do homem).
Como vimos,
não tem como falar no sentido da vida sem colocar as linhas de pensamentos
diversas, mas em uma coisa precisamos concordar, tudo dependerá das escolhas
"certas" que fazemos e nos deparamos ao longo de nossas vidas.
Esta analogia foi feito em cima do questionamento de Carina Castanheira.
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