“Não sei se escrevo crônicas, contos, poesias, piadas, verdades ou mentiras... Seja o que for, escreverei de forma breve como a vida....... Histórias breves de personagens breves que, em maior ou menor grau, são fragmentos do que sou e procuro eternizar.”

sábado, 26 de dezembro de 2015

24 Horas

A primeira série de TV que me prendeu a frente deste aparelho foi 24HORAS, não apenas por várias cenas de ação, ou por ser policial, mas por suas idéias de princípios diferentes de todas as outras.

Jack Bauer (personagem principal), tinha princípios aos quais um objetivo justificava todas suas ações e o seu senso de justiça passava a passos largos de um sistema politizado. A grande questão é que sua luta era maior do que ele mesmo, onde nem mesmo o presidente do seu país estava livre de sua “justiça” e conseqüências de seus atos.

São atitudes questionadas, tanto assim que em todas as temporadas a grande questão que rondava a vida de Jack era, herói, vilão, sensato ou louco?
As conseqüências de uma vida assim é a solidão, são princípios questionáveis de moral e bons costumes, onde mesmo salvando vidas, evitando conflito entre nações e, muitas vezes, até uma exterminação global, era visto com “maus olhos” até mesmo por seu entes queridos e amigos próximos.

Em um dos episódios mais marcantes foi quando leva seu próprio chefe para o sacrifício por um bem maior e  acaba tirando-lhe a vida. Em algumas temporadas ofereceu a si como sacrifício sem reconhecimento algum de um país a que tinha salvo por diversas vezes.

Sem qualquer pretensão religiosa e com muito respeitando a fé das pessoas, mas o personagem Jack Bauer talvez trace um paralelo sobre a vida de Jesus Cristo,  pagou um preço por um dívida que não era sua, como consequência a solidão e a morte.... São os riscos que correm as pessoas que, guardada as devidas proporções, escolhem viver mais para os outros do que para si.

Outra característica marcante de uma vida como esta, é que as poucas pessoas que compreendem e aceitam viver ao seu lado em amor, acabam sendo sacrificadas por isto, acredito que este foi o pior “castigo”  para o personagem Jack Bauer, perder a esposa, o amor da filha e vê a pessoa amada  sendo torturada, sofrendo inocentemente simplesmente por querer participar e estar perto do seu amor. Todas estas tragédias são diretamente relacionadas a sua escolha de vida, qualquer pessoa sensata se sentiria culpada e morreria com culpa.

Toda obra de ficção tem seus momentos de reflexões, mas em algumas situações são estes personagens que dão vida a escolhas de uma maneira de viver.
Quando estamos fora de uma situação como esta e vendo as coisas de forma geral, é lindo ver a entrega e a dedicação por uma causa, nos assustamos com a obstinação e podemos não concordar com alguns métodos, mas entendemos. Quando estamos dentro de situações como esta, sentimos a dor das consequências de cada atitude e temos dificuldade para aceita-las.

Sim, este texto parece muito confuso, mas é um daqueles que “só os fortes entenderão”, só quem vive ou passou por algo assim, para aquele que enfrentam as conseqüências de lutas silenciosas e encobertas para maioria das pessoas.

Vale a pena pagar o preço?
Acredito que ao escolher uma vida de entrega não se faz este questionamento, já possui esta resposta, mas que sempre será mal compreendido.

Guilherme Martins

segunda-feira, 21 de dezembro de 2015

Fé e Razão


Este não é um blog religioso ou que fale sobre religião e crenças, mas recentemente duas pessoas do meu convívio vivem a única situação na vida que, em determinadas situações, não depende unicamente de nós, a saúde.

É natural sempre que temos algum problema buscar ajuda em pessoas que entende do assunto, no caso da saúde temos os médicos, mas existem situações em que nem mesmo eles podem nos ajudar diretamente, mesmo assim não perdemos as esperanças.

Somos vulneráveis a tantas coisas, mas nossa maior vulnerabilidade está dentro de nós,  a nossa mente trabalhando descontrolada nos enchendo de pensamentos, infelizmente nem todos agradáveis, na maioria das vezes são pensamentos negativos que exploram apenas a nossa incapacidade.
Temos muita dificuldade em controlar nossos pensamentos, as vezes eles nos devoram aos poucos e queremos sumir, esquecer tudo de qualquer forma.

Parece uma redundância dizer, mas nossa mente exerce um poder muito grande sobre nós, as vezes de forma descontrolada e uma das coisa, ou poderia dizer que a única coisa capaz de parar nossa mente nos trazendo para a razão é a fé.
 Acredito firmemente que todos os medicamentos químicos que ingerimos, antes passam por nossa fé, a confiança em que eles darão certo e seus resultados serão positivos. Quando não conseguimos descansar nesta esperança, as chances que de acontecer são pequenas.

Acredito no poder da mente, no pensamento positivo porque isto faz com que possamos sorrir, comprovadamente o sorriso traz verdadeiros benefícios a nossa vida, mas nada supera os benefícios que a fé nos dá, uma fé verdadeira e direcionada.

O que são as religiões se não uma reunião de pessoas falhas, doentes, imperfeitas e, as vezes, desesperadas?

Mas a fé vai muito além disto, pois não se baseia em imperfeições, mas em uma forma superior a qual depositamos a certeza que é perfeita e transformadora, capaz de coisas “sobrenaturais de uma forma natural”.

A fé não te cobra nada em troca, a fé é depositada na graça a qual não não vem por méritos, e não conseguimos compreender em sua plenitude, mas é justamente por isto que se chama “fé”.

Hoje já é confirmado cientificamente que uma pessoa de fé desenvolve uma tolerância maior as doenças, consequentemente com menos sofrimentos.

Mas a pergunta que muitos se fazem é:  “Em que devemos ter fé se hoje existem várias religiões, seguimentos religiosos, seitas, misticismos e diversas outras coisas que não conhecemos?”

Posso dizer que na maioria delas existe uma unanimidade que é Deus. Cada uma delas enxergam de uma maneira a figura de Deus e tentam transmiti-la  da forma que entendem.

Por este motivo gostaria de sugerir que se existe esta unanimidade em muitas delas, porque então não vamos diretamente nesta Fonte, neste Poder superior e incompreendido para perguntar?
Nada nos impede e a humildade é fundamental nesta hora, em reconhecer que nada sabemos e precisamos de respostas, mas o Único que nos pode dar é Ele, Deus.

Deus é plenamente acessível e responde a quem O busca e o maravilhoso nisto é que as pessoas que estão lendo este texto agora não precisam acreditar em minha pessoa, nestas palavras,  porque tem a liberdade de perguntar diretamente a Ele neste instante.

Tenha fé, pois ela é a engrenagem que te faz entender que somos imperfeitos e não compreendemos tudo, que precisamos de ajuda exercitando nossa humildade.
Ore para Deus pedindo este entendimento, pois nenhuma oração volta vazia, muitas vezes não compreendemos no momento, mas a frente passamos a entender o porquê de certas coisas.

Não me interessa sua religião, não me importo em quantas “entidades” ou “santos” tu crê, o que me importa é dizer que nada disto ou nenhum deles existiriam sem a essência que é Deus, o Qual é Soberano sobre todas as coisas ou pessoas. O maravilhoso é que tu tens plenas condições e privilégio de conversar diretamente com Ele, sem intermediários.


Termino com uma pequena oração:
Senhor Deus, faça com que eu não caia nas mentiras destes exploradores da fé e não deixe que o meu “achometro” me faça ser prepotente ao ponto de pensar que entendo a Sua grandeza, me coloca onde Tu achar que devo estar e me dê a graça da sua proteção me livrando destas doenças e problemas que a vida nos impõe.  Amém.

Guilherme Martins

sábado, 19 de dezembro de 2015

Mais Igualdade

Em todos os meus textos sobre o assunto procuro escrever de forma mais clara possível para que entendam. Defendo a liberdade das pessoas viverem da forma como elas bem entendem e serem respeitadas por isto.

Ninguém está livre de consequências, sejam por escolhas certas ou erradas que fazemos durante toda a nossa vida.
A maneira como vivemos, por mais que exista a necessidade de se socializar, cada um de nós vivemos de uma forma única, cada indivíduo possui suas particularidades, não podemos ser classificadas como anormais porque desconhecemos o que é ser normal.

Todos os conflitos comportamentais entre os seres humanos se dão devido a falta de capacidade em respeitar o direito que todos temos de liberdade de escolha.
Defendo firmemente o direito de cada um viverem como bem entendem, mas com a consciências que para toda escolha existem consequências, não se pode fugir delas.

Muitos grupos vão as ruas hoje lutando por seus direitos, o que é válido, exageram quando querem forçar uma aceitação tentando impor aquilo por que lutam como se fosse uma  verdade absoluta para a vida de todos e não apenas para sua vida, precisamos ter muito cuidado com isto.

Assim como as pessoas possuem o direito de escolher viver de uma certa maneira, outros também possuem o mesmo direito em não aceitar esta forma de vida, mas seja qual for o seu posicionamento sobre determinadas questões, sempre terá que haver o respeito de ambos.

Precisamos parar de classificar as pessoas por seu estereotipo, o ser humano vai muito além das suas escolhas ou seu estilo de vida.
Um exemplo claro disto é o regime adotado por algumas empresas, na maioria delas desenvolvedoras de software. Seus colaboradores têm a liberdade de trabalhar muito a vontade, sem preocupações com vestimentas e até mesmo com os horários de trabalho.
O que se valoriza neste método de trabalho é a capacidade que possuem em criar, comprovadamente esta “liberdade” exerce um poder positivo em cada um deles.

As pessoas vão muito além das aparências ou até mesmo das suas escolhas, é um erro julgar alguém por isto, aliás, é um erro julgar seja por que for.
Precisamos conviver com o “diferente”, até porque cada um de nós somos diferentes para os outros. Vamos refletir um pouco em cima de um dito popular muito antigo:  “Em terra de cego quem tem um olho é rei”.
A questão aqui é, ele é rei porque tem um “olho” ou por que consegue enxergar?
Parece uma questão inocente até, mas na verdade tem uma grande lição, porque aquilo que está em questão não é a estética em ter um “olho”, mas de poder enxergar com ele e, consequentemente, guiar quem não enxerga. Já imaginou se ele fosse discriminado por ser diferente?

Pense nisto.




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terça-feira, 15 de dezembro de 2015

Opiniões é Quando se Pede


“A vida seria mais simples se as pessoas fossem mais elas mesmas.” 
Esta é uma frase que sempre ouço ou leio por ai, mas concordo com ela apenas em partes.
A espontaneidade traça uma linha tênue entre o respeito e a falta dele, uma palavra mal colocada  pode magoar, ferir as pessoas e nem sempre podemos exercitar nossa “liberdade” no que falamos.

Muitos podem estar pensando que não dize-las é hipocrisia, mas na verdade existem maneiras para se fazer isto, geralmente uma pessoa espontânea demais desconhece estas maneiras.

Outra questão é que vivemos em sociedade, cada pessoa tem suas particularidades, somos diferentes umas das outras principalmente no que diz respeito aos sentimentos. Podemos e devemos ser verdadeiros, que o nosso “sim” seja de fato um “sim” e o nosso “não” seja de fato um “não”.

Que cada um de nós possamos falar o que de fato pensamos, mas que tenhamos a delicadeza de compreender certas regras da boa convivência.
Dar opiniões  a quem não a pediu é inconveniente e se alguém lhe pedir, sabia dizer o que pensa de forma amigável.
Nas matérias de psicologia que tive na universidade, minha professora sempre dizia que toda crítica deveria vir em forma  de “sanduíche”, ou seja, quando for dar sua opinião para alguém, que tenha pedido, lembre-se que primeiro vem as virtudes, depois as criticas construtivas sobre o assunto e em seguida mais virtuais. Esta é a forma com que as pessoas conseguem receber melhor as opiniões contrárias, ninguém gosta de ouvir apenas criticas.

Quando exercitamos apenas nossa espontaneidade sendo “nós mesmos”, corremos um risco muito considerável de sermos grosseiros, as palavra precisam ser bem colocadas, porque quando são soltar ao vendo de qualquer forma, elas podem ferir.




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quarta-feira, 9 de dezembro de 2015

Mudança de Planos

Hoje acordei cedo, meus planos para uma segunda-feira cheia, reunião de trabalho logo pela manha e depois voltar para casa onde tenho a minha espera várias tarefas que vinha adiando a algum tempo. Me mudei a pouco e muitas coisas ainda não estão em ordem, hoje seria o momento para deixa-la todas em dia.

Tudo estava muito bem elaborado, minha lista de tarefas organizadas e o que faltava era apenas coloca-la em pratica, mas “Alguém” lá em cima não recebeu meu e-mail informando minha lista de tarefas e planejou algo diferente para minha vida no dia de hoje (26.10.2015).

Realmente sai cedo de casa em direção ao primeiro item da tabela, uma reunião de negócios que certamente me tomaria parte do dia, mas antes de chegar lá um acidente aconteceu. 

Cheguei ao estacionamento externo do empreendimento, coisa que geralmente não faço, quando estava andando em direção ao prédio escorreguei no calçamento e fui ao chão em um tombo cinematográfico, se não tivesse sido trágico seria cômico, embora provavelmente tenha sido para quem presenciou.

Tentando descrever o corrido posso dizer que escorreguei com a perna esquerda e a outra dobrou, cai com elas aberta e sentando em cima do meu pé direito que torceu. (Por favor, segurem os risos, respeitem).

Brincadeiras a parte, este episódio me fez quebrar a fíbula. Por causa deste acidente, estou neste momento sentado na minha cama com a perna para cima sem poder apoiá-la no chão, todos meus planos para o dia se foram.

Olhando por uma ótica mais ampliada, a vida é assim, quando pensamos que estamos no comando, que tudo está saindo como queremos e que continuará desta forma, acontece algo e percebemos que não estávamos preparados para isto, que nossas prioridades terão que esperar, que de fato não estávamos no controle de nada e precisamos saber improvisar.

Como próprio nome diz, "acidente": Algo inesperado; acontecimento casual; fortuito; acontecimento.....

Situações como estas acontecem todos os dias com milhares de pessoas, mas poucas conseguem entender que em qualquer situação estamos aprendendo. O importante é saber tirar proveito disto, mesmo que seja como lição de vida.

Nada dos meus afazeres de hoje eram de fato urgentes ou importantes, mas antes do acidente sim, eram minhas prioridades e o que me fariam deixar qualquer outras coisas de lado.
Somos mais frágeis do que pensamos ou do que aceitamos ser, a questão é que todas as situações possuem lados e que eles são diferentes, depende de qual deles escolhemos encarar.

Já se passaram alguns dias, mas resolvi publicar agora, confesso que esta situação me deixou muito chateado, justamente em uma fase da vida onde grandes coisas estavam para acontecer, muitas mudanças e novas esperanças, mas continuo aqui, sentado em minha poltrona, as vezes na cama, com a perna para cima incapacitado de realiza-las.
 
Podemos lutar contra várias coisas e situações em nossas vidas, mas para algumas delas só o tempo resolverá, é claro, juntamente com sua força de vontade se dedicando a coisas pequenas, mas que vão colaborar para que saia desta situação.

Paciência é uma virtude, já diziam vários poetas, mas confesso que aprendi a força, nunca fui uma pessoa paciente. Não apenas um impedimento físico, mas várias outras situações que só o tempo pode consertar e a falta de paciência pode ser o nosso pior inimigo.

De qualquer forma descobri com isto que somos os nossos maiores rivais, lutamos diariamente contra nós mesmos, como se existissem duas pessoas dentro de cada um, uma delas impulsiva e inconsequente e outra paciente e racional.
Quando aprendemos a dosar estas duas forças encontramos o equilíbrio e é este equilíbrio que nos leva as conquistas.

Quando saímos todas as manhas para nossos compromissos importantíssimos, convém lembrar que somos donos apenas de nossas intenções, mas a vida lá fora tem suas próprias regras as quais precisamos respeita-las, por mais que não queiramos aceitar, não estamos no controle, somos passageiros improvisando apoios para se segurar e se proteger dos chacoalhes que os trilhos do trem da vida nos dá.




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