Paciência tem limites. Sempre ouvi isto, mas nunca sabemos até
onde vai a das pessoas. A minha acho que é estendida, a tolerância sempre
foi algo que vivenciei e não me arrependo disto.
Mas precisamos ser justos, as vezes cobramos coisas de quem
suportou por tanto tempo como se fosse fácil suportar mais.
O amor é um sentimento que nos aconchega, nos fortalece para
suportar situações que outros não entenderiam,
mas faria bem se o amor viesse com o seguinte alerta: “Use-o com moderação”.
Em nome do amor fazemos tudo, somos inconsequentes e
deixamos a razão de lado, mas as conseqüências disto um dia chegam e o fim é
algo que acontece, seja para o bem ou para o mal.
Quando uma relação termina não quer dizer que o amor se foi,
mas que desgastou tanto outras partes de nós que já não o comportamos mais.
Não se iludam, o amor “eros” não supera todas as coisas, ele
insiste, resiste o quanto pode, mas cai vencido quando suas barreiras são
prolongadas.
O que podemos tirar de bom foi o quanto durou, o quanto nos
transformou e tudo que ficou de lição, pois o amor nos faz floresce um lado
que jamais conheceríamos sem senti-lo.
Nos dá coragem, melhora nossa estima, valoriza nossas
atitudes e nos faz crescer de uma forma geral.
Quando um relacionamento termina, seja de forma amigável ou
não, a verdade é que ambos saíram com uma bagagem maior do que entraram. Os pessimistas só enxergarão as coisas ruins, a
dor, o tempo “perdido” que foi investido, mas os otimistas ficarão com os
sorriso, as noites tranquilas, os sonhos compartilhados, os planos de futuro e
a alegria que estes momentos proporcionaram. A coragem para coisas que nunca
imaginamos ter, as atitudes tomadas e o sentir-se gente e amada.
Crescemos quando amamos, não existem pontos negativos quando
aprendemos, porque os erros serão evitados, e os acertos investidos.
Amamos tanto que pensamos nunca mais viver outro amor,
conhecer outra pessoa, provavelmente é verdade, a intensidade pode nunca mais
se repetir. Particularmente é este o meu desejo, que tudo aquilo que vivi no
amor nunca mais se repita, porque amei e amo tanto que jamais verei dignidade
em alguém para substituí-la e se um dia tentar, vou me odiar.
Mas este sou eu, um romântico, o sofredor que não viveu
apenas uma desilusão, para os que me conhecem provavelmente diriam para nunca
mais tentar, mas não precisam me dizer isto, é o que farei.
Os românticos inveterados dirão que o amor acontece, não se procura, mas meu coração calejado dói quando ouço isto. O amor não é uma doença por isto não pode ser tratado, suas causas são diversas e as contraindicações também.
"Ame a si mesmo", dizem por ai, como se fosse fácil, mas não quero uma fila de suicidas ao terminarem de ler, não é de todo mal, afinal, "tudo vai bem quando termina bem", quando não termina... não sei dizer, quem souber, por favor, deixe uma mensagem me dando a receita.
Até lá sobreviverei, pois tenho alguém que depende de minha pessoa, mas me pergunto o que direi a ela sobre o amor um dia que precisar de conselhos?
Certamente direi que não existe conselhos para isto, o amor se vive quando acontece e não tem manual de sobrevivência, muitos morrerão por dentro, mas outros tantos sairão vitoriosos. É um risco, uma aposta ou um jogo só para os fortes?
Não sei... ninguém sabe e por mais que existam advertências quando ele bater na porta do seu coração, nunca, ninguém deixará de se arriscar. Que tenham boa sorte.
Guilherme Martins