“Não sei se escrevo crônicas, contos, poesias, piadas, verdades ou mentiras... Seja o que for, escreverei de forma breve como a vida....... Histórias breves de personagens breves que, em maior ou menor grau, são fragmentos do que sou e procuro eternizar.”

quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

Amor Paciente

Paciência tem limites. Sempre ouvi isto, mas nunca sabemos até onde vai a das pessoas. A minha acho que é estendida, a tolerância sempre foi algo que vivenciei e não me arrependo disto.
Mas precisamos ser justos, as vezes cobramos coisas de quem suportou por tanto tempo como se fosse fácil suportar mais.

O amor é um sentimento que nos aconchega, nos fortalece para suportar situações que outros não entenderiam, mas faria  bem se o amor viesse com o seguinte alerta: “Use-o com moderação”.
Em nome do amor fazemos tudo, somos inconsequentes e deixamos a razão de lado, mas as conseqüências disto um dia chegam e o fim é algo que acontece, seja para o bem ou para o mal.

Quando uma relação termina não quer dizer que o amor se foi, mas que desgastou tanto outras partes de nós que já não o comportamos mais.

Não se iludam, o amor “eros” não supera todas as coisas, ele insiste, resiste o quanto pode, mas cai vencido quando suas barreiras são prolongadas.
O que podemos tirar de bom foi o quanto durou, o quanto nos transformou e tudo que ficou de lição, pois o amor nos faz floresce um lado que jamais conheceríamos sem senti-lo.
Nos dá coragem, melhora nossa estima, valoriza nossas atitudes e nos faz crescer de uma forma geral.
Quando um relacionamento termina, seja de forma amigável ou não, a verdade é que ambos saíram com uma bagagem maior do que entraram. Os  pessimistas só enxergarão as coisas ruins, a dor, o tempo “perdido” que foi investido, mas os otimistas ficarão com os sorriso, as noites tranquilas, os sonhos compartilhados, os planos de futuro e a alegria que estes momentos proporcionaram. A coragem para coisas que nunca imaginamos ter, as atitudes tomadas e o sentir-se gente e amada.

Crescemos quando amamos, não existem pontos negativos quando aprendemos, porque os erros serão evitados, e os acertos investidos.

Amamos tanto que pensamos nunca mais viver outro amor, conhecer outra pessoa, provavelmente é verdade, a intensidade pode nunca mais se repetir. Particularmente é este o meu desejo, que tudo aquilo que vivi  no amor nunca mais se repita, porque amei e amo tanto que jamais verei dignidade em alguém para substituí-la e se um dia tentar, vou me odiar.

Mas este sou eu, um romântico, o sofredor que não viveu apenas uma desilusão, para os que me conhecem provavelmente diriam para nunca mais tentar, mas não precisam me dizer isto, é o que farei.

Os românticos inveterados  dirão que o amor acontece, não se procura, mas meu coração calejado dói quando ouço isto. O amor não é uma doença por isto não pode ser tratado, suas causas são diversas e as contraindicações também.

"Ame a si mesmo", dizem por ai, como se fosse fácil, mas não quero uma fila de suicidas ao terminarem de ler, não é de todo mal, afinal, "tudo vai bem quando termina bem", quando não termina... não sei dizer, quem souber, por favor, deixe uma mensagem me dando a receita.

Até lá sobreviverei, pois tenho alguém que depende de minha pessoa, mas me pergunto o que direi a ela sobre o amor um dia que precisar de conselhos?

Certamente direi que não existe conselhos para isto, o amor se vive quando acontece e não tem manual de sobrevivência, muitos morrerão por dentro, mas outros tantos sairão vitoriosos. É um risco, uma aposta ou um jogo só para os fortes? 

Não sei... ninguém sabe e por mais que existam advertências quando ele bater na porta do seu coração, nunca, ninguém deixará de se arriscar. Que tenham boa sorte.

Guilherme Martins 




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