“Não sei se escrevo crônicas, contos, poesias, piadas, verdades ou mentiras... Seja o que for, escreverei de forma breve como a vida....... Histórias breves de personagens breves que, em maior ou menor grau, são fragmentos do que sou e procuro eternizar.”

terça-feira, 28 de outubro de 2014

Eu, Tu, Nós

Vem... conversamos através da alma. Revelamos o que é secreto aos olhos e ouvidos. 
Sem exibir os dentes, sorri comigo como um botão de rosas, nos entendemos por nossos pensamentos, sem línguas, sem lábios. Sem abrir a boca contamos todos os segredos, como faria o intelecto divino.
Fugimos dos incrédulos que só são capazes de entender se escutam palavras e veem rostos.
Ninguém fala para si mesmo em voz alta. Já que todos somos um, falaremos desse outro modo.
 Como pode dizer a tua mão: “Toca, se todos as mãos são uma?” 
Vem... conversamos assim.  Os pés e as mãos conhecem o desejo da alma, fechemos pois a boca e conversaremos através da alma, só a alma conhece o destino de tudo, passo a passo.
Vem... Se te interessas posso mostrar.  Na verdade somos uma só alma, tu e eu, nos mostramos e nos escondemos,  eu em tu e tu em mim.

Eis aqui o sentido profundo da minha relação contigo, porque não existe entre tu e eu, nem eu, nem tu. (existe o nós).

segunda-feira, 27 de outubro de 2014

Entre o Nascer e o Morrer

George Santayana escreveu: “ Não há cura para o nascimento e a morte, a não ser usufruir o intervalo.”

Lendo esta frase tudo parece tão simples, ainda mais quando se usa uma palavra tão “genérica” como: Usufruir (curtir, aproveitar).

Curtir a vida como se fosse tão fácil, os mais pobres acham que se tivesse dinheiro poderia curtir mais, os mais ricos acham que se tivesse saúde seria mais divertido, nesta busca cada pessoa se vê diante de situações que impedem ou atrapalham o intervalo entre nascer e morrer.
Muitas pessoas se arriscam em dar conselhos sobre a vida, mas cada opinião sobre este assunto é muito pessoal, geralmente quem dá não vive o que fala, é mais fácil ver soluções para vida dos outros, enquanto a nossa.........
Uma coisa é certa, viver é ter a cada instante milhões de oportunidades, sejam elas boas ou não, mas se pudesse definir com uma palavra o que é viver, usaria a palavra: ESCOLHA.

A vida é feita de escolhas, a cada segundo, quando acordamos já começamos a faze-las, a principio parece que não temos escolhas, temos que acordar e cumprir nossos compromissos diários, mas as elas estão ali, cabe a nós faze-las.
É bom lembrar que atrás de cada escolha vem a responsabilidade, cada atitudes que temos em escolher algo, por mínimo que seja, vem sempre as consequências. Muitas pessoas vivem conflitos porque querem fazer suas escolhas mas não assumem as responsabilidades que elas geram na vida. 

Sem a responsabilidade que as escolhas trás, não poderíamos escolher, é o que chamo de viver com escolhas alheias, ou seja, a pessoa que vive sua vida com as escolhas que outros fazem para ela.

Algumas pessoas preferem viver assim, porque não se precisa enfrentar as consequências das escolhas alheias. Estas pessoas não vivem, vegetam.


Para encerrar quero dizer que podemos fazer as escolhas que quisermos para nossas vidas, mas cada uma delas trará consequências, um homem ou uma mulher de verdade são aqueles que enfrentam aquilo que acredita, mas que também, sabe reconhecer quando erra e tem humildade de voltar atrás, isto se chama: Responsabilidade.



sábado, 25 de outubro de 2014

Encontro Musicais Luso Brasileiro

Apesar da colonização portuguesa em terras que hoje chamamos de Brasil, podemos dizer que em alguns aspectos a "criatura" pode passar muitas coisas boas ao "criador". 
Em outras palavras, o Brasil conseguiu se desenvolver de uma forma muito própria no campo da música e hoje é um dos maiores do mundo em diversidades musicais de qualidade.

Nesta parceria vou postar umas das vozes marcantes brasileiros e que acrescentou muito a musica portuguesa.

Ana Carolina com sua voz diferenciada fez parceria com um consagrado cantor de Portugal, Paulo Gonzo, embora esta não seja o primeiro encontro luso brasileiro, mas será meu primeiro destaque.









segunda-feira, 13 de outubro de 2014

Preconceito

Talita e Guilherme
Os mais antigos costumavam usar um termo que hoje em dia, a nossa geração não está familiarizado com ele. O termo em questão é: “Faca de dois gumes.”
O que quer dizer isto?
Sempre que se falava de um assunto onde poderia surtir prejuízo para os dois lados, este termo era utilizado, como exemplo:  “Este assunto que vamos abordar aqui é uma faca de dois gumes.”
Realmente é isto, este assunto é como uma faca com fios afiados dos dois lados e geralmente fere todos se não houver tolerância. 

O Preconceito.

Faca de dois gumes (corte dos dois lados)
O que é o preconceito?

Segundo o site significados.com , “ Preconceito é um juízo pré-concebido, que se manifesta em uma  atitude discriminatória, perante pessoas, crenças, sentimentos e tendências de comportamento. É uma ideia formada antecipadamente e que não tem fundamento sério.”

Pior do que ler sobre o preconceito, é ser vitima dele, geralmente isto acontece por pessoas próximas e por isto dói muito mais, com toda certeza.

Se posso dar um conselhos aos preconceituosos diria que tudo que escolhemos fazer ou ser em nossa vida cabe única e exclusivamente a pessoa em questão. Todas as pessoas devem ser donas e responsáveis por suas escolhas, mas quando escolhemos viver “diferente” do que é a tradição, também devemos levar em consideração e respeitar, ninguém é obrigado a aceitar suas atitudes e escolhas, sendo assim, os dois lados devem respeitar-se e cada um conviver com as responsabilidades de suas escolhas.

Uma pessoa com pensamentos mais tradicionais não pode ou deve descriminar quem escolhe viver diferente, mas o contrário também é verdadeiro, quem escolhe viver de forma “diferente”, não pode impor suas escolhas e obrigar que outras o aceitem, a única coisa que podemos e devemos cobrar é o respeito, todos mereceremos ser respeitados diante de nossas escolhas.

O que vejo hoje em dia é manifestação de preconceitos dos dois lados, um querendo impor suas escolhas e o outro não aceitando as mudanças, o importante é que haja tolerância e respeito, cada um vive como achar melhor, desde que assumam suas responsabilidades.

Este vídeo traz uma letra bem pesada sobre o preconceito e até onde pode chegar a intolerância, mas é bom analisar os dois lados, posições e atitudes. 




Reflexão de: Talita Zanardo e Guilherme Martins
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sábado, 11 de outubro de 2014

Mentira da Traição


O dito popular afirma: quem nunca foi, está sendo ou um dia será! Mas eu, particularmente, não considero a traição tão inevitável assim! Além do mais, como se trata de uma situação que não depende de nosso controle, melhor mesmo é se concentrar em possibilidades pessoais.

E tem mais: Antes de entrar na grande questão, sobre perdoar ou não perdoar, vale esclarecer melhor o conceito. Trair é, por definição, enganar o outro. Ou seja, é fazer o outro acreditar que você age de uma determinada maneira quando, na verdade, age de outra! Portanto, o grande problema da traição não é exatamente com quem você está ou não, quem você beija ou com quem você transa, mas, sim, o fato de estar mentindo e enganando algum ou alguns dos envolvidos nessa trama amorosa.

Pra esclarecer melhor a minha teoria, vou contar o que sempre digo a um amigo que "defende" a traição. Ele é casado e sai com outras mulheres. Dependendo do caso, chega a ficar longos meses com a mesma mulher, embora mantenha sua vida amorosa com a esposa e dê escapadas extraconjugais e extra-amante fixa.

Ao abordarmos o assunto, sempre deixo claro que não concordo com a atitude dele. E ele argumenta: "essas relações paralelas são apenas diversão, e terminam fazendo bem à minha relação. Fico mais tranqüilo e mais carinhoso com a minha mulher"!

Pois muito bem! Como não quero entrar no mérito da questão, abordando detalhes do relacionamento dele, procuro ser prático e objetiva: "se você está sendo sincero comigo e realmente acredita que não há nada de errado em manter relações paralelas, então, por que precisa mentir para sua esposa? Diga isso a ela, defenda a sua teoria e explique por que age dessa forma. Convença-a dos benefícios e seja verdadeiro. Ao menos, assim, ela saberá quem você é realmente e poderá escolher se quer continuar com você ou não"!

Mas vou um pouco adiante! "Além disso, se você realmente acredita que esse tipo de comportamento faz bem à relação, então, suponho que não se importaria se ela fizesse o mesmo. Ou seja, se saísse com outros homens para se divertir, tornando-se mais tranqüila e carinhosa com você!".

Mas, estranhamente, ele sempre retruca: "De jeito nenhum! Se descobrir que ela me trai, está tudo acabado!". E, assim, sinto-me ainda mais propenso a reafirmar: o que mais importa numa relação não é o fato de jamais ter cometido um erro ou jamais ter magoado o outro. Isso, sim, é inevitável, considerando o grau de envolvimento, entrega e intimidade que permeia um relacionamento amoroso.

O que mais importa é a coerência entre o que você diz e o que faz. É o nível de verdade que existe naquilo que você está se propondo a viver. É o comprometimento que cada um dos envolvidos tem com cada detalhe desta importante escolha, que é dividir sua vida com outra pessoa!

Portanto, se você está vivendo uma situação dolorosa, sentindo-se traído, tendo descoberto um erro e uma mentira de seu parceiro, acredite: não existe uma resposta certa e uma resposta errada que sirva para todas as relações.

Para decidir se você vai perdoar ou não, se vai continuar ou não nessa relação depois do que aconteceu, sugiro que você se faça algumas perguntas fundamentais e tente responder com o coração, baseando-se naquilo que sente de mais real, de menos contaminado pela raiva ou pela dor que, provavelmente, queima dentro de você!

Apesar desse erro, o que existe de bom e que vale a pena nesta pessoa e nesta relação?

Você gostaria de dar a si mesmo a chance de tentar fazer dar certo mais uma vez?

Quanto você consegue reconhecer de seu nisso tudo. Ou melhor, você também comete erros. Quanto consegue compreender o que o outro fez a partir dessa autopercepção?

Saiba: você pode conseguir perdoar, mas esquecer só será possível se você vier a sofrer algum tipo de perda de memória que apague esse acontecimento de seu cérebro. Caso contrário, essa lembrança continuará viva como a de qualquer outra ocasião relevante de sua vida. Você vai precisar aprender a lidar com ela!

Ao fazer um balanço, caso descubra que as dores e as mágoas são bem maiores que o respeito, a admiração e a confiança, pergunte-se: o que você está ganhando ao ficar nesta relação? Porque ninguém fica numa situação onde não esteja ganhando absolutamente nada!

Por fim, lembre-se que toda dor e toda raiva vai amenizar com o tempo e que a lucidez tende a ser maior com o passar dos dias. Então, não aja de modo precipitado e nem seja radical ou implacável consigo ou com o outro. Espere até recuperar-se do choque e, somente então, pense no que quer fazer. No final das contas, a vida -incluindo as maiores dores contidas nela- sempre nos oferece aprendizados incríveis e surpresas impagáveis.


terça-feira, 7 de outubro de 2014

O Ciúmes

Ciúmes no Paraíso
Para falar sobre o ciúmes é interessante refletir na frase de Miguel de Cervantes: “Os ciumentos sempre olham para tudo com óculos de aumento, os quais engrandecem as coisas pequenas, agigantam os anões e fazem com que as suspeitas pareçam verdades”.

Acredito que depois desta frase já poderíamos terminar aqui esta reflexão, em poucas linhas ele conseguiu descrever perfeitamente um sentimento que, assim como qualquer alucinógeno (droga), destrói aos poucos a pessoa, penetra sem perceber nossos pensamentos e constrói verdadeiras “alucinações”  diante de uma situação.

O ciúmes é um sentimento tão perigoso que foi muito bem descrito por Paolo Mantegazza: “O ciumento sempre espiona, sempre dúvida, sempre sofre; indaga do passado, do presente, do futuro; nas carícias busca a mentira; no beijo procura a indiferença; no amor teme a hipocrisia.”

Bem triste isto, para quem já sentiu o ciúmes, mesmo que por pouco tempo, sabe que é verdadeiro, que este sentimento provoca em nós situações embaraçosas e nos revela talentos que não sabíamos que possuíamos, a imaginação que constrói verdadeira dramaturgia.

O ciúmes não é apenas um sentimento imaginário que inventa circunstancias, este sentimento pode ser por motivos reais, pode ser provocado, algumas vezes sem querer, mas também proposital, uma coisa é certa, a pessoa ciumenta acaba sempre encontrando mais do que procura.

Há quem defenda o ciúmes, como é o caso de Paula Nei: “O ciúme tem seu cabimento: é a pimenta do amor.”

Talvez seja um tempero necessário, um contraponto para o sentido de liberdade que vigia, mas sempre é bom lembrar que “pimenta” demais deixa a comida sem condições de degusta-la.
Também há quem use este sentimento para reavivar a eterna disputa entre homem e mulher, como é o caso de Severo Catalina del Amo, ao afirmar: "O ciúme manifestado pelo homem quase sempre é infundado e sempre inflama a mulher; o ciúme mostrado pela mulher quase sempre é procedente e jamais inflama o homem.”

É uma discussão que não quero me ater, é certo que entre os pensamentos e capacidade de imaginação entre o homem e a mulher existem muitas e quilométricas diferenças, mas se existe um ponto em comum, diria que é a dor que o ciúmes causa para ambos.

Mas como nasce o ciúme?

Para William Shakespeare o ciúme nasce assim: “Os ciumentos não precisam de motivo para ter ciúme. São ciumentos porque são. O ciúme é um monstro que a si mesmo se gera e de si mesmo nasce.”

As vezes não temos motivo algum para ter ciúmes, mas basta um olhar diferente ao nosso amado (a), um sorriso ou qualquer manifestação física ou verbal toma uma proporção gigantesca quando este “monstro” que é o ciúme habita dentro de nós.

Principalmente nos dias de hoje com tantos perfis sociais nas diversas redes de relacionamentos.

Mundo Digital
Para finalizar quero parafrasear mais uma vez citando Sthendal: “Para que um bom relacionamento continue e seja agradável, é preciso não apenas suspeitar prudentemente como ocultar discretamente a suspeita.”

Parece uma frase de conformismo, mas na verdade  quer dizer apenas que certamente alguns sentimentos haverão, mas o sentimento chamado de amor deve ser maior e a confiança deve superar as suspeita até que, de fato, se prove o contrário. Assim como suspeitamos discretamente, devemos ocultar estas suspeitas da mesma forma enquanto não se confirmam, neste intervalo viver a vida e aproveitar todos os momentos sem deixar que a simples desconfiança vire um tormento eterno.

Frases citadas: Miguel de Cervantes, Paolo Mantegazza, Paula Nei, Severo Catalina del Amo, William Shakespeare e Sthendal.

Comentário e reflexão de: Guilherme Martins
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segunda-feira, 6 de outubro de 2014

Nossa Mente

Já falei neste blog sobre o poder que a nossa mente exerce sobre nós e não é um  assunto novo, além disto é bem chato falar sobre isto.

É incrível o quando este assunto é vasto e quando mais falamos mais temos a dizer o quanto nossa mente trabalha desordenadamente,  se descuidamos ela nos leva por caminhos não aconselháveis.

Nossa mente é  como se fosse uma pessoa diferente dentro de nós ou, até mesmo, separada dos nossos sentimentos,  porque se bem repararmos, a mente comanda atitudes das quais nossos sentimentos não concordam, e nos leva para um lugar muito conhecido de todos, o arrependimento.

Como controlar esta “outra pessoa” dentro de nos, uma mente que independente age como se tudo fosse do seu direito comandar e nos coloca em situações tão deprimente as vezes?

A tristeza, o sentimento de solidão, se sentir injustiçada, baixa estima e uma profunda carência, são as armas mais frequentes desta mente que nos sufoca às vezes.

Algumas pessoas dizem que a felicidade está dentro de nós, concordo, mas a verdade é que tudo está dentro de nós, tanto a felicidade como a falta dela.

As vezes criticamos pessoas metódicas, aquelas que nasceram e foram criadas para seguir a rotina, a lógica dos pais, que são: Crescer, estudar, se formar, trabalhar, casar e ter filhos e nos intervalos  destes objetivos, ser feliz.  Talvez ser feliz durante estes objetivos também.

Nada mais cansativo do que imaginar uma vida assim, o importante é a liberdade de pensar e agir com nossa própria cabeça, sem a tradição antiga que cativaram nossos pais.  

Será?

O que posso dizer é que a razão não tem endereço fixo, ela pode estar aqui, no que chamamos de "vida livre", como também, pode estar ali, no que entendemos como tradição, o importante é que ela existe, cada lugar destes possui um pouco da razão.
Nossa logica de liberdade está cheias de momentos de “razão”, assim com os pensamentos de nossos pais, que para nós são ultrapassados.

O que quero dizer com tudo isto é: Nascemos com  objetivos e eles não podem se perder dentro de nossa mente, mas viver para fora de nós, nem tudo na tradição está errado, assim como é preciso, as vezes,  quebrando certas regras do tradicionalismo.  

Quem vive melhor é quem conseguiu entender esta verdade e ser liberto de preconceitos, construindo sua liberdade mesmo dentro do sistema que nos prende.

Uma coisa posso garantir, existem pessoas que podem nos dar momentos felizes, mas a felicidade sempre estará diante de si quando olhamos no espelho.

Somos felizes mesmo tristes, não é um contrassenso, é apenas o reconhecimento de que seja onde for que estiver nossa "mente" ou "sentimentos" , temos a liberdade de escolher.

Comentário e reflexão de: Guilherme Martins
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sábado, 4 de outubro de 2014

Razões do Coração

“O coração tem razões que a própria razão desconhece”
Blaise Pascal

Talita Zanardo
Praticamente nasci ouvindo esta frase e em cada fase da minha vida pensava se um dia iria aplica-la, já que as coisas do coração estavam longe de me atingir. Ignorância da minha parte.

Passei por situações que o amor se colocou as portas e com a ingenuidade de uma pessoa que ama, deixei que este sentimento fosse a única voz e força que comandava meu destino naque momento e me impulsionando par frente.

A vida nos coloca em situações que pensamos estar seguros, com pessoas que nos promete amor eterno, mas dentro do mistério que envolve a mente humana, jamais deveríamos nos entregar como um dia me entreguei.

Diante de tudo que tinha vivido, decidi que nunca mais deixaria que minha vida ficasse tão vulnerável novamente, que jamais permitiria que meu destino ficasse por conta de um sentimento a qual não posso controlar, o conhecido amor. Mas como resistir a ele?
Se alguém souber por favor, me explique. Me ensine a entender como faço para controlar o incontrolável  amor.

Passei a viver minha vida um dia após o outro, sempre alerta, como no lema dos escoteiros, assim me sentia na cruzada para evitar cair nas teias do amor.

Mas o amor.... ah, o amor... Como diz no poema de Luis de Camões:

"Amor é fogo que arde sem se ver;
É ferida que dói e não se sente;
E um contentamento descontente;
É dor que desatina sem doer.

O amor é aquele visitante que chega sem avisar, que entra sem bater, que abre a porta da geladeira, que senta no seu sofá e coloca os pés na sua mesa e ainda olha para ti e diz: Fica a vontade, sinta-se em casa.
Mas estou em minha casa, quem invadiu foi você ...... Não.... não é mais sua casa, agora quem manda sou eu... O amor.

Se assim ele chegou novamente, mas desta vez de forma diferente, ou ao menos tento me convencer, o que sei do amor é que não adianta resistir, o melhor e desistir e vivenciar o que há de vir.

Quando ele invada o seu peito com aquele sentimento que um dia tinha amaldiçoado, jurado jamais voltar a sentir.

O amor me invadiu novamente, mesmo tendo fechados todas as portas para ele, não queria mais sentir a confiança de amar, a desconfiança já se fazia total em minha vida e já estava acostumada com ela.

Desta ver o amor veio de um rosto tão linda, de uma suavidade ao falar que me encanta, de uma dependência dos meus carinhos me me faz sentir útil e dona de um desejo insaciável do meu corpo.
Voltei a amar, e para este amor refiz todas as regras onde a unica condição é viver o que sentimos sem esperar o dia de amanha.

Quando este sentimento bate a sua porta, não se esconda em baixo da cama ou dentro do armário, mas se abra e deixa invadir, viva como se fosse a primeira vez, não existem regras ou experiencia para este sentimento, se existe de fato um momento onde todos somos iguais, este momento é quando amamos.

Quem sabe das minhas dores é o meu corpo que sente, mas quem comanda o meu coração, é este sorriso que não sai da minha cabeça junto com o desejo de estar junto, de abraçar e nunca mais largar, porque o amor é assim, toma posse de todo um corpo, mas não despeja o seu dono, ao contrário disso, o faz escravo deste sentimento puro.

                                                                                                                                 Texto de:




Cuidado com a Tristeza

Quase sem Querer - Legião Urbana
No ano de 1989 o grupo de rock Legião Urbana lançava a música “Pais e Filhos”, tendo como compositores Dado Villa-Lobos, Renato Russo e Marcelo Bonfá.

Acredito que é desnecessário transcreve-la, todos nós conhecemos e os que não conhecem faria bem em ouvi-la.
Os autores desta letra, utilizaram alguns trechos bíblicos e do livro alcorão, mas o objetivo da letra era mostrar conflitos internos que influenciava o comportamento, as vezes depressivo, consigo, com o mundo e com os pais.
Tanto a letra quando a musica casaram tão bem que podemos dizer que é um clássico da musica brasileira, uma musica que não envelhece, se fosse lançada hoje em 2014 estaríamos aplaudindo como uma canção atualíssima.

Os conflitos internos, o temperamento descontrolado e a falta de conhecimento total de nos mesmos não são problemas só dos dias atuais, o que parece é que quando mais tecnologia temos que nos conecta com pessoas e nos deixando mais próximas delas, na verdade funciona ao inverso, estamos cada dia mais sozinhos, perdidos dentro de um mundo de pensamentos que nos embaralha o entendimento.

Hoje em dia nos entregamos aos sentimentos e assumimos esta entrega sem um “plano B”, jogamos todas nossas esperanças em um sentimento que muitas vezes não nos é correspondido. Quando nos deparamos com a negativa da outra parte, ficamos sem esperanças e nos entregamos aos nossos pensamentos, que muitas vezes estão totalmente desordenados.

Não acreditamos em nós como deveríamos, esquecemos que todos temos uma capacidade incrível de reação, de produzir, de admirar e ser admirado. O grande problema é que escolhemos por quem queremos ser admirados, quando na verdade esta não é uma escolha nossa.

A única certeza que devemos ter na vida é que somos importantes, somos pessoas capazes de alcançar coisas que nos realizam.
Quando tiver que se alegrar com um sorriso, que seja com o seu, admirando a importância que você tem para a vida.
Conheci um pessoa na universidade que depois veio a ser meu grande amigo, mas antes disso passei por uma fase bem complicada, isolei-me um pouco das pessoas. Um certo dia estava sozinho no meu quarto de alojamento da universidade e recebi um exemplar do jornal que era feito lá. Este jorna tinha uma matéria escrita por esta pessoa, mas a matéria tinha no máximo cinco linhas, nem podemos chamar de matéria, era mais uma frase.
Foram exatamente as cinco linhas que precisava ler naquele momento, meu estado de humor mudou na hora e no dia seguinte fui procura-lo, para minha surpresa ele estava bem pior do que eu.

Bom, foi uma ajuda mutua, dali surgiu uma amizade que carrego até hoje comigo, e o moral desta história é que, todos nós temos problemas como se fossem os maiores do mundo, mas eles só são assim grandes para nós porque estamos trancados dentro de nós mesmos procurando as respostas para eles, mas na verdade a resposta existe, esta ai e só vai aparecer quando ela quiser, não adianta tentar antecipar isto.

Viva sua vida como se não existisse o amanha de problemas, deixa que cada dia trará, tanto coisas boas como ruins, o importante é saber lidar com elas.

Não precisamos tentar ser importante para as pessoas, antes disto, entender que somos importantíssimas para nós.... Seu sorriso fará alguém feliz.

"Cuidado com a Tristeza, ela é um vício" Gustave Flaubert

Texto feito por: Guilherme Martins

quinta-feira, 2 de outubro de 2014

O Valor da vida

Cada dia mais as pessoas analisam a vida que levam, as situações complicada a sua volta, as incertezas que rondam nossos pensamentos e só deixamos em evidencia as partes negativas.

Alguns chamam isto de “pensamento depressivo”, mas o constante estado de desamino que nos leva a vivemos acostumados com isto me faz chamar de: "Descontentamento”.

Somos descontentes com várias coisas, as vezes com nosso corpo, com nossa voz, nosso sorriso, a vida que levamos e a nossa intelectualidade, por mais que outras pessoas nos digam o contrário preferimos acreditar que não.

Não podemos viver infelizes, mas conseguimos sobreviver descontentes. Embora pareça ser consequências, alguns diriam que é a mesma coisa, mas uma pessoa feliz pode estar descontente consigo.

A algum tempo atrás, quando fazia trilhas com mais frequências, nos reuníamos para conversar e trocar ideias sobre os trajetos e as vezes sobre a vida de uma forma geral, eramos em um grupo de dez pessoas entre homens e mulheres, e o que havia em comum entre todos eles é que nenhum deles eram satisfeitos com o que tinham, com suas aparências  ou profissionalmente.
O mais engraçado disto é que, ouvindo eles falarem, cada um gostaria de ter um item ou qualidade  que o outro possuía. Um gostaria de ser mais magro, o outros se achava magro demais, outra queria ter cabelos mais lisos, enquanto a outra reclamava por preferir ter cabelos mais crespos e assim prosseguia os descontentamentos.

Em outras áreas da nossa vida também sentimos situações de descontentamento. Um amigo meu, recentemente me disse que não consegue encontrar uma namorada descente. Não sei o que ela entende por “namorada descente”, já que cada um tem um conceito diferente de deiscência.
Minha resposta para ela foi: Neste caso seria melhor você escolher um “modelo básico”, aquelas que não são tudo aquilo, mas que também não compromete.

É claro que falei na brincadeira, mas porque escolhemos comportamento nas pessoas para nos agradar se na verdade todos nós somos seres adaptáveis?

Quando amamos alguém, este sentimento pula todas as etapas que um dia pensamos existir, ultrapassa a racionalidade e nos deixa verdadeiros “bobos alegres”.
Mas este amor, este sentimento pode moldar as pessoas, mesmo amando não somos obrigados a fazer tudo que nos pedem ou tudo que a loucura diz ser normal.
Somos descontentes porque permitimos ser moldados e esquecemos as nossas vontades, por outro lado, podemos, também, ser descontentes por querer moldar outras pessoas para aquilo que queremos dela, desrespeitando a individualidade.
Enfim, sempre haverá algo ou alguém que vai nos desagradar, deixar nossa vida mais pesada e menos alegre, mas o que posso dizer para esta situação é que, nada pode nos abalar ao ponto de desistir de nós mesmos.


Cuidado com pessoas que jogam palavras para abalar suas estruturas, o que as pessoas dizem de ti só serão verdades se tu acreditar no que disseram, mas ninguém sabe da sua vida melhor que tu, busques a sua verdade e vida com seus conceitos e jamais com conceitos formados por quem não vive dentro de ti.


Texto de: Guilherme Martins

Dono de Nossas Escolhas

Hoje fala-se, mais do que nunca, sobre a homossexualidade, as escolhas que fazemos para nossas vidas, com quem se relacionar e viver momentos de intimidade.

Não gostaria que este assunto fosse motivo de guerras fora e dentro dos nossos lares. As pessoas são complexas, não existe uma racionalidade nas escolhas que fazemos ou nas tendências as quais nos levam a decisões.

Todos nós somos livres para fazer nossas escolhas, dizer com quem queremos viver e a forma como desejamos levar nossas vidas.

 Quando um casal formado por um homem e uma mulher resolve viver juntos, esta decisão gera responsabilidade e consequências.

Da mesma forma, quando um casal formado por duas pessoas do mesmo sexo resolvem viverem juntos, esta decisão também gera responsabilidades e consequências.

Se ambos estiverem cientes disto é o que basta, precisam ser respeitados e jamais discriminados, porque devemos lembrar que somos todos seres humanos com os mesmos direitos e deveres.

Os homossexuais sofrem agressões por alguns movimentos, entre eles os  cristãos, que em muitos casos os tratam como verdadeiras aberrações ou insinuam possessão demoníaca e outras coisas do gênero. 
O contrário também é verdadeiro, alguns movimentos homossexuais desrespeitam o posicionamento cristão sobre o assunto, o que gera desgastes e isto não chega a lugar algum.

Não precisamos ter pensamentos iguais, opiniões parecidas, o que precisamos de fato é ter respeito compreendendo as escolhas que somos livres para fazer.
Quando apoiamos a decisão de alguém, mesmo não concordando com isto, estamos mostrando o amor por esta pessoa, por sua individualidade, e dizendo para ela, mesmo sem palavras: “...estou do seu lado e só quero a sua felicidade, mesmo não concordando com sua escolha, meus braços sempre estarão abertos para te acolher.”
É este amor que precisamos nas pessoas, que as igrejas entendam que a opção sexual não faz com que a pessoa deixe de ser “humana” e como tal precisa do mesmo amor que qualquer outra pessoa necessita.

O preconceito é o pior sentimento e destrói lentamente mais quem sente do que a pessoa que sofre com ele.

 Sou heterossexual e tenho amigos homossexuais, não é esta nomenclatura que determina o seu caráter, respeito cada um em sua individualidade e com isto consegui ter ótimos amigos e com uma convivência onde todos aprendemos muito uns com os outros.

Podemos sim ter pensamentos, opiniões e estilo de vida diferentes uns dos outros, mas jamais poderemos desrespeitar esta liberdade nas pessoas, o respeito é fundamental.


Texto de: Guilherme Martins

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